sábado, 31 de janeiro de 2015

Colocar ou nao na escolinha?



Eu tava preparando um texto há dias sobre "colocar na escola" ou não. Cada dia eu mudava o texto pq alguma coisa dentro de mim mudava.
Ai abri o Estadão e li um texto que me deixou com lágrimas nos olhos e sem palavras, divido isso aqui porque é uma dúvida com egoísmo misturados numa coisa só.



"Oi. Eu sou você amanhã. Sim. Passei exatamente pelo que você está passando, só que há alguns poucos anos. Por isso, sinta-se abraçada, porque é isso que você precisa agora.
Você vai ficar em dúvida se está agindo certo, afinal seu filho acabou de fazer dois anos. Vai lembrar que sua mãe só te colocou na escolinha quando você completou quatro. Ela, ao contrário de você, não trabalhava. Talvez porque não precisasse, talvez porque não quisesse. Você quer e/ou precisa, ou seja, assunto encerrado. Uma culpa a menos na sua lista infinita de culpas. (Talvez você se culpe por colocar seu filho na escolinha tão cedo, mesmo optando não trabalhar. Ou talvez você se culpe por não sentir culpa. Perdoem-se todas e ponto final.) Olhe para os lados. Há mães e pais passando pelo mesmo que você. Há mães angustiadas porque, olha só, o filho nem olhou para trás quando a professora o levou. Há pais com lágrimas nos olhos porque, olha só, o filho deu um escândalo na hora de ir com a professora. ”Será que ele não é apegado a mim?”, martiriza-se a primeira mãe. “Será que o criei dependente demais?”, chicoteia-se o pai. Fique à vontade para sentir o que for sentir: você está entre iguais.
Pode puxar conversa sem medo. Grandes amizades sairão desse grupo de pais, acredite em mim. Aquela mãe que você achou logo de cara que não tinha nada a ver com você poderá ser a que te dará os conselhos mais sábios e virará sua nova melhor amiga. Ela deixa o filho comer doce todos os dias, é medrosa e super protetora ao seu ver mas, pasme: você vai finalmente descobrir que existem várias formas de maternagem e que ela é a melhor mãe que aquele menino podia ter. (Não é só seu filho que vai aprender coisas novas, percebeu?). Essa mãe vai te acalmar na porta da escola quando você cismar que seu filho é muito inseguro, mandará mensagem lembrando a data da reunião de pais e salvará sua pele vez ou outra quando você estiver presa no trânsito “pelamor-de-Deus-faz-companhia-para-o-meu-filho-até-eu-chegar?” Um segredo: Você fará o dobro por ela, com um sorriso nos lábios de felicidade por a vida ter te apresentado alguém tão legal e tão diferente de você.Os dias vão passar rápido. Seu filho vai gostar cada vez mais do lugar que você e seu marido escolheram para ele. “Hoje não tem escola, mamãe? Por quê? Mas eu ´quelo´ir!” Lá ele fará suas primeiras amizades. Confiará e amará alguém que não seja você ou o pai. Descobrirá coisas, sem a sua ajuda tão necessária até então. Estou falando desse lugar privilegiado chamado futuro e por isso, o aviso: aperte os cintos para chegar até aqui, porque a cada dia que passa vai ficar claro, muito claro, que vocês cortaram o cordão umbilical. E quando você achar que a adaptação já passou e estamos todos muito bem, obrigado, chega o dia do primeiro passeio com a escola. Seu filho vai sair com os amigos de 4 anos! Respire. Expire. Respire. Expire. Avançamos demais até aqui e você não está preparada para o próximo passo. Deixemos esse assunto para outro post"

Texto retirado do site do Estadão, da jornalista e mãe Rita - IG  @ritalisauskas

Esse texto abriu um pouco os olhos sobre essa dúvida/egoismo e fez pensar e lembrar que eles tem que crescer, eles tem que viver, eles nao sao meus, eles estao emprestados a mim pra fazer um aprendizado nessa vida.
Mas aí já coisa de crença, e isso a gente fala num outro dia.
Beijos

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